Introdução
A seca
prolongada que atinge boa parte do país desde o fim de 2013 já começa a
preocupar a população betinense, além de especialistas em meio ambiente. Na
última semana, a reportagem de O Tempo Betim visitou alguns dos principais
reservatórios responsáveis pelo abastecimento de água do município e constatou
que eles já começam a acender sinais de alerta, o flagrante de que os níveis de
água nas represas estão cada vez mais baixos é assustador.
Perguntas
·
Qual a atitude das pessoas em relação
a falta d’água ? E o que esperam nas próximas décadas ?
Justificativa
Ao
analisar as pesquisas, observamos que mesmos nesse assustador problema,que é a
falta d’água a sociedade não se conscientiza que devemos estar economizando a
cada dia mais , por que algo tão valioso na nossas vidas um dia poderá acabar,
esta encarando essa realidade para alguns é serio, enquanto para outros
significa que é grave, mais que a falta dela não chegara nunca, vamos tomar consciência
da realidade enquanto ainda há tempo , pois depois não adianta reclamar.
Pesquisa
A Falta de Água em Betim
Você já
deve ter escutado que seus pais viveram por muitos anos sem internet, que seus
avôs não tinham televisão na infância e que suas tataravós, nem energia
elétrica tinham. Muito difícil imaginar essa situação, não é? Mas você já
imaginou viver sem água? Ela é o recurso natural necessário para a
sobrevivência de toda a vida do planeta e o mais abundante também, mas enfrenta
atualmente uma crise de abastecimento. E o problema está bem perto de nós.
Igarapé, como quase todo país, está passando por uma crise de falta d’água,
pelos mesmos motivos de tantas outras cidades: a escassez de chuva.
A própria
prefeitura de Betim assumiu, na quarta-feira 1°de Outubro, que os bairros Horto
e Cruzeiro do Sul já enfrentam racionamento e que, em função disso, o Executivo
participa, periodicamente, de reuniões com representantes da Companhia de
Saneamento de Minas Gerais (Copasa). O governo também não descarta a hipótese de
o município enfrentar um racionamento. “Isso pode ocorrer em decorrência da
longa estiagem. Os reservatórios Rio
Manso, Serra Azul e Várzea das Flores, responsáveis pelo abastecimento da cidade,
estão abaixo da capacidade de armazenamento”, destacou a prefeitura, por meio
de sua assessoria de imprensa.
Por outro
lado, a Copasa, que tem a concessão dos serviços de abastecimento de
aproximadamente 93% das residências de Betim até 2042, não revelou os atuais
níveis de água dos reservatórios. Por meio de sua assessoria de imprensa, o
órgão informou apenas que “os sistemas estão com níveis de oscilação previstos
para o período de estiagem” e que “o atendimento à população permanece
normalizado”.
Ainda
segundo a Copasa, essas três represas são responsáveis por abastecer, além de
Betim, as cidades de Contagem, Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Pedro
Leopoldo, Ribeirão das Neves, São Joaquim de Bicas, Sarzedo e parte dos
municípios de Belo Horizonte, Esmeraldas, Ibirité, Santa Luzia, Lagoa Santa,
São José da Lapa, Vespasiano e Igarapé.
Vale
ressaltar que, em virtude da escassez de água, esta última cidade da região
metropolitana já decretou, recentemente, estado de emergência. A Prefeitura de
Igarapé criou o Comitê Municipal de Enfrentamento à Crise Hídrica com o
objetivo se discutir alternativas para o enfrentamento à crise hídrica na
cidade.
Moradores
do entorno da Várzea das Flores e do rio Manso acreditam que o nível d’água em
cada um desses reservatórios tenha baixado cerca de oito metros ao longo dos
últimos meses. No sistema Serra Azul, que abrange os municípios de Mateus Leme,
Juatuba, Igarapé e Itaúna, a situação não é diferente. O longo período de
estiagem reduziu, significativamente, a sua vazão.
Para o
secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio
Paraopeba (Cipabar), Thiago de Castro Alves, a situação vem se replicando em
todo o país, devido à falta de preservação das nascentes e da mata ciliar,
além, claro, da seca prolongada. “A natureza tem cobrado pelo uso
indiscriminado de seus recursos. A cada cem litros de água utilizados pela
população, 47% é desperdiçado. Infelizmente, ainda há uma grande falta de
conscientização.
Racionamento
Estimativas
da consultoria especializada PSR sugerem que, se o volume de chuvas entre
novembro e abril ficar em 80% da Média de Longo Termo (MLT), o risco de
racionamento no país atingirá 35%. Atualmente, esse risco está em torno de 12%.
Incêndios
A
estiagem, o tempo seco e o vento aumentam o número de queimadas em Minas
Gerais. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, nos meses de julho e agosto deste
ano, foram registrados 2.595 incêndios em áreas de vegetação e 983 em lotes
vagos.
Até o dia
21 de setembro, o número de focos de calor em Minas Gerais, segundo dados da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), chegou a 3.210, valor 21 vezes
maior que o registrado em janeiro, que foi de 148.
O Rio São Francisco nos dias
atuais
Com o baixo nível do Rio São Francisco, os pescadores fisgam mais peixes
do que seria normal nesta época. E ficam até satisfeitos. Mas a alegria de hoje
pode ser a tristeza de amanhã. A drástica redução do volume de água também
representa séria ameaça do fim dos cardumes. A situação é agravada pela pesca
predatória. O pescador Osvaldo Pinto de Souza, o Baiano, presidente da Colônia
dos Pescadores de Pirapora, comemora a “boa fase” da atividade nos últimos
dias. “Tem saído bastante peixe. Todos os dias os pescadores têm voltado para
casa com muito peixe. O meu congelador está lotado”, diz. Por outro lado, ele
lamenta a degradação do rio por conta do desmatamento e da retirada de matas
ciliares.
O ambientalista Roberto Mac Donald, de Pirapora (Norte de Minas), explica que, como o nível do rio baixou muito e os peixes estão migrando à procura de lugares de maior profundidade, chamados de “bolsões”, ficou mais fácil localizar os cardumes. “Assim, os peixes do São Francisco tornaram-se presas fáceis. O problema é que apareceram até pescadores de São Paulo, que estão usando arpão, praticando a pesca predatória”, afirma Mac Donald.
Ele denuncia que, além da retirada de um maior volume de peixes, ao se aproveitar da condição de o rio estar mais raso, os praticantes da pesca predatória estão fisgando as matrizes, exatamente quando se aproxima a piracema, período de reprodução dos peixes, que começa em novembro e vai até fevereiro. “É necessária uma ação emergencial dos órgãos ambientais de reforçar a fiscalização contra esta atividade para salvar os peixes do São Francisco.”
O ambientalista Roberto Mac Donald, de Pirapora (Norte de Minas), explica que, como o nível do rio baixou muito e os peixes estão migrando à procura de lugares de maior profundidade, chamados de “bolsões”, ficou mais fácil localizar os cardumes. “Assim, os peixes do São Francisco tornaram-se presas fáceis. O problema é que apareceram até pescadores de São Paulo, que estão usando arpão, praticando a pesca predatória”, afirma Mac Donald.
Ele denuncia que, além da retirada de um maior volume de peixes, ao se aproveitar da condição de o rio estar mais raso, os praticantes da pesca predatória estão fisgando as matrizes, exatamente quando se aproxima a piracema, período de reprodução dos peixes, que começa em novembro e vai até fevereiro. “É necessária uma ação emergencial dos órgãos ambientais de reforçar a fiscalização contra esta atividade para salvar os peixes do São Francisco.”
No fim da primeira quinzena de setembro, Roberto Mac Donald fez o
percurso entre a barragem de Três Maria e o município de Pirapora, justamente o
trecho do rio em piores condições por causa da redução da vazão da usina
hidrelétrica, cujo reservatório encontra-se com apenas 6% da capacidade. “Há
locais em que o rio tem menos de um metro de profundidade. Os cardumes estão
subindo o rio e, como a água é pouca, eles ficam muito visíveis e se tornam
presas fáceis para os pescadores”, disse o ambientalista, que comandou a
expedição Caminhos das Águas. Foi a 25ª edição da viagem, feita anualmente no
mesmo percurso, com o objetivo de avaliar as condições ambientais da bacia.
“Infelizmente, além do nível muito baixo, constatamos que o rio está muito
assoreado e as matas ciliares diminuíram muito”, revela.
O professor e pesquisador Hernando Baggio, que, durante oito anos desenvolveu estudos no Velho Chico em Pirapora, lembra que outra ameaça à vida no São Francisco é o secamento das lagoas marginais. “As lagoas servem como berçários. Durante as cheias do rio os peixes vão para a lagoas, onde se reproduzem. Sem as lagoas, a reprodução não ocorre”, comenta Baggio.
O coordenador do Projeto Manuelzão, Apolo Heringer Lisboa, também alerta sobre a ameaça que a drástica redução do nível da água do Velho Chico representa para os peixes. “Ao se aproveitar da saturação para pegar mais peixes, os pescadores pegam também as matrizes, prejudicando o repovoamento do rio no futuro. Acho até que a pesca no São Francisco deveria ser suspensa nesse período de seca”, sugere o ambientalista.
Heringer Lisboa também lembra que, com o baixo volume, aumenta concentração de esgoto, agrotóxicos e outros poluentes no rio. “Se diminui a vazão, a água fica mais tóxica. Com a evaporação, aumenta a quantidade de algas verdes e cianobactérias, que são muito tóxicas. Isso pode provocar uma grande mortandade de peixes’, explica. “O único jeito é rezar para chover para evitar esses problemas”, complementa.
Navegação prejudicada
A redução do nível do Velho Chico provocou um fenômeno: o aparecimento de corredeiras e pedras em alguns pontos que nunca foram vistas antes. O ambientalista Robert Mac Donald conta que, durante a Expedição Caminhos das Águas, verificou essas cenas no trecho entre Três Marias e Pirapora. Perto da Foz do Rio Abaeté (no município homônimo), a profundidade do São Francisco, que chegava a até cinco metros, hoje varia entre 1,5 metro e 2 metros.
Com isso, surgiram corredeiras entre pedras que ficaram expostas no meio do rio, dificultando a navegação, como no local conhecido como “Escadinha” , 30 quilômetros abaixo de Três Marias. No local, a profundidade, que era superior a dois metros na época da seca, agora foi reduzida para 1 metro. Próximo de Pirapora, num ponto chamado “Formoso”, a profundidade é de apenas 90 centímetros, deixando à mostra uma grande quantidade de pedras no meio do rio.
O professor e pesquisador Hernando Baggio, que, durante oito anos desenvolveu estudos no Velho Chico em Pirapora, lembra que outra ameaça à vida no São Francisco é o secamento das lagoas marginais. “As lagoas servem como berçários. Durante as cheias do rio os peixes vão para a lagoas, onde se reproduzem. Sem as lagoas, a reprodução não ocorre”, comenta Baggio.
O coordenador do Projeto Manuelzão, Apolo Heringer Lisboa, também alerta sobre a ameaça que a drástica redução do nível da água do Velho Chico representa para os peixes. “Ao se aproveitar da saturação para pegar mais peixes, os pescadores pegam também as matrizes, prejudicando o repovoamento do rio no futuro. Acho até que a pesca no São Francisco deveria ser suspensa nesse período de seca”, sugere o ambientalista.
Heringer Lisboa também lembra que, com o baixo volume, aumenta concentração de esgoto, agrotóxicos e outros poluentes no rio. “Se diminui a vazão, a água fica mais tóxica. Com a evaporação, aumenta a quantidade de algas verdes e cianobactérias, que são muito tóxicas. Isso pode provocar uma grande mortandade de peixes’, explica. “O único jeito é rezar para chover para evitar esses problemas”, complementa.
Navegação prejudicada
A redução do nível do Velho Chico provocou um fenômeno: o aparecimento de corredeiras e pedras em alguns pontos que nunca foram vistas antes. O ambientalista Robert Mac Donald conta que, durante a Expedição Caminhos das Águas, verificou essas cenas no trecho entre Três Marias e Pirapora. Perto da Foz do Rio Abaeté (no município homônimo), a profundidade do São Francisco, que chegava a até cinco metros, hoje varia entre 1,5 metro e 2 metros.
Com isso, surgiram corredeiras entre pedras que ficaram expostas no meio do rio, dificultando a navegação, como no local conhecido como “Escadinha” , 30 quilômetros abaixo de Três Marias. No local, a profundidade, que era superior a dois metros na época da seca, agora foi reduzida para 1 metro. Próximo de Pirapora, num ponto chamado “Formoso”, a profundidade é de apenas 90 centímetros, deixando à mostra uma grande quantidade de pedras no meio do rio.
FAÇA A
SUA PARTE!
1 - No
Banho: Se molhe, feche o chuveiro,
se ensaboe e depois abra para enxaguar. Não fique com o chuveiro aberto. O
consumo cairá de 180 para 48 litros.
2 - Ao
escovar os dentes: escove
os dentes e enxágüe a boca com a água do copo. Economize 3 litros de água.
3 - Na
descarga: Verifique se a válvula não
está com defeito, aperte-a uma única vez e não jogue lixo e restos de comida no
vaso sanitário.
4 - Na
torneira: Uma torneira aberta gasta
de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. Isto significa 1.380 litros
por mês. Feche bem as torneiras.
5 -
Vazamentos: Um buraco de dois
milímetros no encanamento desperdiça cerca de três caixas d’água de mil
litros.
6 - Na
caixa d’água: Não
a deixe transbordar e mantenha-a tampada.
7 - Na
lavagem de louças: Lavar
louças com a torneira aberta, o tempo todo, desperdiça até 105 litros. Ensaboe
a louça com a torneira fechada e depois enxágüe tudo de uma vez. Na máquina de
lavar são gastos 40 litros. Utilize-a somente quando estiver cheia.
8 - Regar
jardins e plantas: No
inverno, a rega pode ser feita dia sim, dia não, pela manhã ou à noite. Use
mangueira com esguicho-revólver ou regador.
9 - Lavar
carro: com uma mangueira gasta 600
litros de água. Só lave o carro uma vez por mês, com balde de 10 litros, para
ensaboar e enxaguar. Para isso, use a água da sobra da máquina de lavar
roupa.
10 - Na
limpeza de quintal e calçadas use vassoura: Se precisar utilize a água que sai do enxágüe da máquina de lavar.
Referências
Revista
Época
WWW.BetimOnline.com
Nosso grupo de Direito -Betim 1º Periodo ,é formado pelos seguintes componentes:
Daele Do Carmo ,Gean Maicon ,Welberth Breno ,Allisson Paulo e Henrique Silva (Não esta presente na foto)
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